Influência da Esplenectomia Total na Microbiota Intestinal, na Translocação Bacteriana e na Evolução da Sepse em Modelo Experimental
DOI:
https://doi.org/10.17921/2447-8938.2016v18n4p278-85Resumo
A esplenectomia diminui a atividade de células imunes e pode estar relacionada com translocação bacteriana (TB) e sepse. Investigou-se a
presença de TB e sepse em camundongos esplenectomizados, por meio de análises de peso, de sexo, de alterações da microbiota digestória e
mucosa duodenal. 20 fêmeas e 20 machos de camundongos Swiss webster com 125 dias foram divididos em dois grupos: esplenectomizados e controles. Os animais foram pesados diariamente. Após sete dias da esplenectomia total convencional, os animais foram eutanasiados para estudo da TB, microbiota e morfometria intestinais. Para microbiota, foram coletadas as fezes da região média do intestino delgado, que foi seccionado para análise morfométrica. Após o preparo dos tubos com amostras fecais nas diferentes diluições, foram inoculados 0,1 mL de cada na superfície de placas contendo meios cromogênicos. Fragmentos do fígado e linfonodos mesentéricos foram macerados e homogeneizados, separadamente, em placas de Petri estéreis, posteriormente, adicionadas a caldo cérebro coração (BHI) na proporção de 1:5 e incubados em estufa a 37 °C por 24 horas. Posteriormente, alçadas de caldo foram semeadas em placas de Petri com diferentes meios de culturas. Os camundongos esplenectomizados apresentaram redução da evolução ponderal e maior prevalência de coproculturas positivas. A análise morfométrica duodenal revelou redução na altura e da área das vilosidades dos grupos esplenectomizados comparados aos seus controles. Os machos esplenectomizados apresentaram maiores taxas de TB e sepse. A asplênia aumenta a suscetibilidade à TB e, consequentemente, as
doenças de origem séptica em camundongos. Sexo e alterações da mucosa duodenal podem influenciar no aumento deste fenômeno.
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