Estrutura florística e fitossociológica de remanescentes da mata ciliar do lajeado São José- Chapecó (SC)
DOI:
https://doi.org/10.17921/2447-8938.2003v0n0p%25pResumo
A microbacia hidrográfica do Lajeado São José situa-se no Oeste Catarinense, onde se localizam grandes áreas agrícolas, parte da zona urbana, complexo industrial e a estação de captação de água e tratamento de água de Chapecó. O trabalho teve por objetivo avaliar fitofisionomia de dois remanescentes de mata ciliar, uma a montante (área I) e outro a jusante (área II) do reservatório de captação d’água. Foi adotado o método de parcela única (50x30m) para cada área e medidas todas as arvores com DAP³ 2,5 cm. Dentre os indivíduos mensurados, foram identificadas 40 espécies, distribuídas em 36 gêneros e 20 famílias. As famílias com maior número de indivíduos foram Myrtaceae (9) e Lauraceae (5). A família Fabaceae apresentou menor variabilidade de espécies, porém foi representado por um numero maior de indivíduos (287). Nas duas áreas amostradas, observou-se a presença de espécies exóticas, como o eucalipto (Eucalyptus citriodora) e Pinus (Pinus elliottii), e do timbó (Ateleia glazioveana), espécie de ocorrência comum em áreas degradadas. A vegetação nativa na área I foi, em grande parte, substituídas por espécies exóticas, sendo comprovado pelos valores de DoR (50,47%), IVC (54,47%) e IVI (55,0%), do eucalipto. Para área II, os maiores valores de IVC (37,78%) e IVI (37,81%) foram obtidos pelo guamirim-miúdo (Colyptrantes concinna), já a maior DoR (16,67%) foi atingida pelo timbó. A ação antrópica nas áreas estudadas é acentuada, porém a presença de espécies frutíferas é um aspecto positivo, pois os seus frutos, alimentos para a avifauna, têm sua dispersão facilitada, auxiliando no processo de auto-regeneração da floresta.Downloads
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