Comparison of the Epidemiological Profile of Exogenous Poisoning Cases in Bahia Before and During the COVID-19 Pandemic
DOI:
https://doi.org/10.17921/2447-8938.2023v25n1p38-42Resumo
Abstract
Several chemical substances cause toxicological damage to individuals, triggering Exogenous Intoxication (EI) with relevant fatal potential. It is, therefore, essential to describe and compare the epidemiological profile of EI cases reported in Bahia before and during the COVID-19 pandemic. A quantitative analytical approach was used, and secondary data were extracted, in August 2022, from the Notifiable Diseases Information System, cases of EI between January 2018 and December 2021, Bahia. Age, sex, color, circumstance, and causative agent were analyzed and described in frequency and proportions, 12,838 cases of EI were reported between 2018-2019. The highest incidence occurred in individuals aged 20-59 years (57.8%), females (59%), and browns (48.8%). Among toxic agents, medication (40.3%) stood out, followed by food and beverages (10%), rodenticides (6.8%), and drugs of abuse (6%). Among the circumstances: suicide attempt was highlighted (33.5%). In 2020 and 2021, there were 11,279 cases, higher incidence in individuals aged 20-59 years (59.5%), females (58%), and browns (55%). The toxic agent medication (41.9%) stood out, followed by drugs (10.2%), food and beverages (7.8%), and household products (5.7%). Similar to the previous period, suicide led among circumstances (36.5%). The pandemic did not seem to affect epidemiology significantly. However, the almost 50% increase in the frequency of EI cases due to drug abuse, reinforces the World Report on Drugs (2021), which pointed to a worldwide growth of drugs consumption during the pandemic and alerts attention to mental health of Brazilians.
Keywords: Disease Notification. Poisoning. COVID-19. Suicide, Attempted. Mental Health.
Resumo
Diversas substâncias químicas causam danos toxicológicos aos indivíduos, podendo deflagrar intoxicação exógena (IE) com relevante potencial fatal. É imprescindível assim, descrever e comparar perfil o epidemiológico dos casos de IE notificados na Bahia antes e durante a pandemia da COVID-19. Utilizou-se abordagem quantitativa analítica, com dados secundários extraídos, em agosto de 2022, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, sobre casos de IE, entre janeiro de 2018 a dezembro de 2021, na Bahia. Variáveis idade, sexo, cor, circunstância, agente causador foram analisadas e descritas em frequência e proporções. Foram notificados 12.838 casos de IE entre 2018-2019, a maior incidência ocorreu em indivíduos de 20-59 anos (57,8%), sexo feminino (59%), pardos (48,8%). Entre agentes tóxicos, a principal causa foi medicamentos (40,3%), seguindo alimentos e bebidas (10%), raticidas (6,8%) e drogas de abuso (6%). Dentre circunstâncias, o principal motivo foi tentativa de suicídio (33,5%). Entre 2020-2021, foram 11.279 casos, maior incidência indivíduos de 20-59 anos (59,5%), sexo feminino (58%) e pardos (55%). Destacou-se o agente tóxico medicamentos (41,9%), seguindo drogas (10,2%), alimentos e bebidas (7,8%), produtos de uso domiciliar (5,7%). Quanto às circunstâncias liderou a tentativa de suicídio (36,5%). A pandemia não pareceu afetar significativamente a epidemiologia, porém, o aumento de quase 50% na frequência dos casos de IE por drogas de abuso, comparativamente ao período anterior, reforça o Relatório Mundial sobre Drogas (2021), que apontou crescimento mundial do consumo na pandemia e sugere-se um alerta sobre a saúde mental dos brasileiros.
Palavras-chave: Notificação de Doenças. Intoxicação. COVID-19. Tentativa de Suicídio. Saúde Mental.
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